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Rdenção da Serra - SP - História - Patrimônio e Cultura


Redenção da Serra - SP - Brasil

Redenção da Serra é um município brasileiro do estado de São Paulo, no Alto Vale do paraíba, na microrregião de Paraibuna/Paraitinga. Localiza-se a uma latitude 23º16'01" sul e a uma longitude 45º32'12" oeste, estando a uma altitude de 730 metros. Sua população estimada em 2004 era de 4.067 habitantes. Possui uma área de 309,87 km². A densidade demográfica é de 13,12 hab/km². Os municípios limítrofes são Taubaté a norte, São Luís do Paraitinga a leste, Natividade da Serra a sul, Paraibuna a sudoeste, Jambeiro a oeste e Caçapava a noroeste.


Sua fundação se deu no ano de 1877.

Um pouco da História...
No início do século XIX, a expansão da cultura cafeeira no Vale do Paraíba propiciou o aparecimento de diversos núcleos espontâneos de povoamento, entre os quais, Santa Cruz do Paiolinho, atual Redenção da Serra.

O vilarejo iniciou-se quando o capitão-mor, Francisco Ferraz de Araújo, juntamente com sua mulher, Dona Francisca Galvão da Fontoura e numerosos escravos, cumprindo à ordem do Governador da Província, penetrou o sertão das Samambaias e ao encontrar o Rio Paraitinga, ali fixou residência e iniciou roças de milho e outros produtos agrícolas.

Segundo diz a tradição, um de seus escravos faleceu ao construir o caminho que ia até sua casa, a uns 9 km. Neste local foi erguida uma cruz de madeira. Ao seu redor foi surgindo um povoado sendo o mesmo favorecido pelo capitão-mor, pois quando as pessoas iam até ele pedindo terras para cultivo, ele as cedia próximas à cruz. Logo surgiu ali uma capela. Este povoado recebeu o nome de Paiolinho devido ao fato de um dos moradores ter feito sua roça de linho e, depois das fibras secas, elas eram postas em um paiol (paiol-e-linho).
O vigário Pe. José Grecco juntamente com uma comissão de obras levantou nesta época sua Igreja Matriz.

Igreja matriz  construída com mão-de-obra escrava

O lugar, graças à cultura cafeeira, cresceu e foi elevado à categoria de Paz segundo a Lei Provincial nº 3, de 24 de março de 1860. Suas divisas com Taubaté foram demarcadas a 23 de março de 1861. Com isso, Paiolinho progrediu mais acentuadamente. Os fazendeiros de café ergueram sobrados majestosos com longos beirais, janelas com arcadas e também casas térreas com uma arquitetura marcante.
Vista frontal do Prédio da antiga Prefeitura Municipalde Redenção da Serra - SP
A População cresceu e a produção agrícola apresentava boas safras, o que levou Paiolinho a ser elevada à categoria de município segundo Lei Provincial nº 33, de 8 de maio de 1877. O município possuía sede na povoação de paiolinho e seus territórios foram desmembrados do município de Taubaté, tendo sua instalação a 1º de dezembro do mesmo ano. Voltou à condição de distrito pela Lei nº 6448 de 21 de maio de 1934 quando foi incorporado ao município pelo Decreto nº 7353 de 5 de julho de 1935 e a pertencer a comarca de Taubaté, sendo reinstalado a 1º de janeiro de 1936.

Antiga caixa d'água do município
A necessidade ficar o quadro administrativo, territorial e judiciário do Estado de São Paulo, segundo o Decreto-Lei nº 14.334 de 30 de novembro de 1944, posto em vigor no qüinqüênio 1949-1953 alterou seu nome para Redenção da Serra. Seu nome é devido ao fato do município ter libertado seus escravos primeiramente entre os municípios paulistas, a 10 de fevereiro de 1888.
Estátua símbolo da liberdade, construída por José Demétrios
 Com isso, sendo o primeiro local paulista a libertar seus escravos, nada mais justo do que designá-lo com um nome que eternizasse o feito grandioso, assim surgiu o nome Redenção.
A construção da grande represa do Paraitinga, em ligação com Paraibuna ocorrida no começo da década de 70, obra necessária, porém de inusitadas implicações, determinou o desaparecimento de Redenção da Serra.
O que restou da sede municipal
A represa da CESP ao fundo

Da velha Redenção da Serra, cheia de tradições e fatos históricos, uma parte bastante característica não fora atingida pelas águas que invadiram a parte baixa de sua topografia; a situada na parte mais alta: a Igreja Matriz, o sobrado com sacadas de ferro que sediava a Prefeitura e outros poucos sobrados e residenciais da rua Capitão Alvim, que restaram como "memória urbana".
Vista frontal da igreja matriz
Porta da entrada principal da igreja com entalhes característicos da época
 

 
Vista lateral do Prédio da prefeitura municipal